quarta-feira, 27 de outubro de 2010

UM TEXTO PARA REFLETIR

Seja um idiota
Arnaldo Jabor

A idiotice é vital para a felicidade.Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo , e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não. Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios...

Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos..."

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bem-vindo à Holanda

Emily Perl Kinsley

Freqüentemente sou solicitada a descrever a experiência de criar um filho portador de deficiência, para tentar ajudar as pessoas que nunca compartilharam dessa experiência única a entender, a imaginar como deve ser. É mais ou menos assim...

Quando você vai ter um bebê, é como planejar uma fabulosa viagem de férias - para a Itália. Você compra uma penca de guias de viagem e faz planos maravilhosos. O Coliseu. Davi, de Michelangelo. As gôndolas de Veneza. Você pode aprender algumas frases convenientes em italiano. É tudo muito empolgante.

Após meses de ansiosa expectativa, finalmente chega o dia. Você arruma suas malas e vai embora. Várias horas depois, o avião aterrissa. A comissária de bordo chega e diz: "Bem-vindos à Holanda".

"Holanda?!? Você diz, "Como assim, Holanda? Eu escolhi a Itália. Toda a minha vida eu tenho sonhado em ir para a Itália."

Mas houve uma mudança no plano de vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.

O mais importante é que eles não te levaram para um lugar horrível, repulsivo, imundo, cheio de pestilências, inanição e doenças. É apenas um lugar diferente.

Então você deve sair e comprar novos guias de viagem. E você deve aprender todo um novo idioma. E você vai conhecer todo um novo grupo de pessoas que você nunca teria conhecido.

É apenas um lugar diferente. Tem um ritmo mais lento do que a Itália, é menos vistoso que a Itália. Mas depois de você estar lá por um tempo e respirar fundo, você olha ao redor e começa a perceber que a Holanda tem moinhos de vento, a Holanda tem tulipas, a Holanda tem até Rembrandt.

Mas todo mundo que você conhece está ocupado indo e voltando da Itália, e todos se gabam de quão maravilhosos foram os momentos que eles tiveram lá. E toda sua vida você vai dizer "Sim, era para onde eu deveria ter ido. É o que eu tinha planejado."

E a dor que isso causa não irá embora nunca, jamais, porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa.

No entanto, se você passar sua vida de luto pelo fato de não ter chegado à Itália, você nunca estará livre para aproveitar as coisas muito especiais e absolutamente fascinantes da Holanda.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Você veio ao mundo a passeio ou a trabalho?


"Vir ao mundo a passeio" era uma expressão freqüente nos anos 60 e 70, quando a situação econômica da maioria dos países permitia e a ideologia vigente pregava uma postura diletante e observadora diante da vida.
Bons tempos, dirão alguns. Outros nem conseguirão imaginar tamanha permissividade, tendendo a classificar pessoas sem um claro projeto de vida como levianas ou perdedoras potenciais.
Mas será que esta classificação não é precipitada?
Imaginemos que existem no mundo dois tipos de pessoas: os Realizadores e os Desfrutadores.
Realizadores são pessoas com uma claríssima noção do que querem da vida. Um exemplo gritante de Realizador é o de Thomas Edison, criador da lâmpada elétrica e que, segundo contam, desapareceu da sua festa de casamento para ser encontrado sozinho em seu laboratório pesquisando...
Por outro lado, chamemos de Desfrutadores as pessoas que têm como projeto de vida a vaga ambição de serem felizes. O mundo lhes provê uma série de estímulos, aproveitados quando são positivos e driblados ou passivamente aceitos quando são negativos.
Quem é mais feliz? Provavelmente o Desfrutador quando as coisas dão certo, já que, em tese, nessas circunstâncias ele tem prazer imediato. Por outro lado, o Realizador não se deixa abater facilmente, uma vez que para ele qualquer contratempo é apenas prova de que falta um estágio a mais para ele atingir seus objetivos.
Quem é mais produtivo? Provavelmente o Realizador, mas ele não consegue muito sem a ajuda dos Desfrutadores, pessoas que ficam satisfeitas em contribuir para a realização alheia, desde que as tarefas envolvam uma certa dose de identidade, prazer e reconhecimento.
Poucos seres humanos são 100% Realizadores ou Desfrutadores. Podemos também ter atitudes Desfrutadoras ou Realizadoras em momentos diferentes de nossas vidas ou para diferentes aspectos de nossas vidas. Sim, há pessoas que praticam seus hobbies como verdadeiros Realizadores, usando objetivos, metas e muito esforço, bem como pessoas que se comportam como Desfrutadores no trabalho, aproveitando as boas coisas que a empresa oferece em termos de salários, desenvolvimento pessoal e ambiente e suportando as coisas más.
A ideologia vigente, principalmente a partir dos anos 80 e a ascensão dos yuppies, valoriza o Realizador. Foco, ambição e planejamento tendem a ser palavras de ordem na cartilha profissional. Entretanto, o mundo de hoje traz novas vozes que questionam esta doutrina. O livro Modernidade Líquida, de Zigmunt Bauman, chega a justificar o "agarre o que puder" enquanto postura profissional, uma vez que produtos, projetos e empregos serão, em essência, sempre temporários.
Bill Gates é valorizado pelo seu cuidado em não desenvolver apego ou compromisso com nada, nem mesmo com as próprias criações. Tom Peters, em seu livro Reimagine! recomenda que se viva o momento como forma de garantir o bom desempenho. Enquanto o pêndulo se move, sugiro uma convergência entre o Realizador e Desfrutador.
Não se trata de equilíbrio ou meio termo, mas o aproveitamento do melhor dos dois mundos: a combinação de especialização e foco com abertura para oportunidades, ambição de longo prazo com prazer de curto prazo, planejamento com flexibilidade e monitoramento
E principalmente: sucesso com felicidade.

sábado, 24 de julho de 2010

Texto para reflexão

Lya Luft

O ano de pensar

"A essência seria esta: neste ano, eu vou pensar. Em mim, na vida,
nos outros, no mundo, em mil coisas ou numa coisa só – que seja
realmente importante"


Mudança de ano, que, com o Natal, para uns é celebração (estou desse lado), para outros, melancolia.

O que nos atrapalha é que alguém inventou que temos de tomar decisões e fazer projetos para esse novo ano. São quase sempre irreais, quase sempre não cumpridos. Aí já nos frustramos neste mundo de tantas frustrações, em que a gente teria de ser bonito, saudável, competitivo e competente, bom de cama e ruim de mesa, e uma lista interminável de "ter de".

Pois eu acho que 2010 pode ser o Ano de Pensar. Bom projeto, boa intenção. Uma só, e já é bastante. Pensar: coisa que tão pouco fazemos, embora seja o que nos distingue das outras feras.

Publiquei recentemente mais um livro para crianças (mas os adultos se divertem), chamado Criança Pensa. Com ele respondi, décadas depois, ao duplo lema dos adultos de um outro tempo, de que criança não pensa, criança não tem querer. Hoje tem querer até demais, mas isso é assunto para outra crônica. E pensar, continua pensando, apesar de todos os jogos eletrônicos e programas de computador imagináveis.

Se criança pensa – e pensa lindamente, segundo descobrimos e escrevemos, um de meus filhos, professor de filosofia, e eu –, adultos teriam de pensar ainda muito mais. Porém a gente vai se enquadrando. Família, escola, sociedade e cultura, seja o que isso for, tornam-nos menos pensantes e menos questionadores. Alguns escapam dessa mordaça e desabrocham. Podem ser os menos confortáveis, mas são os que movem o mundo.

Pensar não é uma obrigação: é um direito, e deveria ser um prazer. Naquela horinha no ônibus ou no carro, andando, nadando, comendo, não fazendo nada – o que é um luxo, e nós, bobos, poucos saboreamos –, nada melhor do que deixar tudo de lado e refletir, ou deixar as ideias vagando numa atenção flutuante, como dizia Freud. Largar mão, por alguns instantes, dos compromissos, do cansaço, da falta de tempo, da dificuldade em ser feliz, da pouca harmonia consigo e com o mundo, das tragédias, das decepções universais ou pessoais – e dar-se o prêmio de pensar. Para algumas pessoas, parar para pensar não é desmontar.

E ficariam dispensados os dez ou doze ou três propósitos, as intenções fajutas eternamente repetidas – como as de emagrecer, romper ou melhorar o relacionamento, sair de casa, voltar a estudar, vencer na vida, ter filhos, mudar de emprego ou de parceiro, deixar de beber, de fumar, de se drogar com outras substâncias. A essência seria esta: neste ano, eu vou pensar. Em mim, na vida, nos outros, no mundo, em mil coisas ou numa coisa só – que seja realmente importante.

Pensar para ser uma pessoa mais decente; pensar para amar mais e melhor, começando por mim mesmo; pensar para votar com mais lucidez; pensar no que de verdade eu quero, se é que eu quero alguma coisa – ou sou do tipo que se deixa levar por desânimo, preguiça ou desencanto?

Pensar simplesmente para criar meu mundo particular, não num ataque de loucura, mas de criatividade. Pois o real não existe, existe o que vemos dele. Dentro de certos limites, podemos, cada um de nós, inventar o nosso mundo: sendo mais céticos ou mais otimistas, com aquele grãozinho de loucura necessário para que haja beleza e claridade e não vivamos numa caverna de trevas.

Basta ver como pensam as crianças, ainda livres das nossas inibições. "Fadas e anjos existem, não é?", pergunta-me uma delas. Respondo honestamente: "Para quem acredita, existem". Acredito que, apesar de Copenhague, o mundo não vai torrar (as opiniões dos cientistas divergem), que vamos ter motivo para nos orgulhar de nossos países, que não vai mais haver tanta miséria e cinismo, que os colégios vão ensinar melhor e exigir mais em lugar de facilitar tão absurdamente e despejar tanta gente despreparada no mundo.

Sei que todos algum dia acordamos com a senhora desilusão sentada na beira da cama. Mas a gente vai à luta e inventa um novo sonho, uma esperança, mesmo recauchutada: vale tudo menos chorar tempo demais. Pois sempre há coisas boas para pensar. Algumas se realizam. Criança sabe disso. Feliz 2010.

OBS: Este texto foi lido no início das aulas, naquelas reuniões de planejamento, quando todos retornaram das férias, alguns com muito ânimo, outros nem tanto, mas todos com muita coragem para continuar na luta.

EU PROFESSOR

Este questionário é uma ferramenta importante para reflexão da Profissão Ser Professor
Utilizei numa reunião de HTC com os professores, foi muito interessante a retomada de valores que acredito serem muito importante na atuação de professores hoje em dia.

EU PROFESSOR

1) O que o(a) motivou a exercer a função de professor?

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2) Qual é a principal função do professor?

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3) Em sua atuação em que você tem gasto a maior parte de seu tempo?

A)_____________________________________________________________________

B)_____________________________________________________________________

C)_____________________________________________________________________

4) Leia cuidadosamnete cada aspecto e verifique se você tem dificuldade em algum(s) item(s) elencado(s) e em seguida enumere por ordem de importância.

( ) aspecto relacional com outros docentes, discentes, alunos

( )aceitar / compreender a concepção de educação vigente

( ) selecionar conteúdos adequados aos alunos

( ) avaliar adequadamente as atividades pedagógicas

( ) orientar meus alunos em suas diversas dúvidas

( ) montar estratégias para a superação de dificuldades

( ) planejar adequadamente minha semana de trabalho

( ) cumprir o que foi planejado

( ) organizar seu espaço mesa/ armários

( ) organizar aulas com antecedência e qualidade

( ) atuar com alunos com deficiência

( ) registrar meus planos de aula

( ) planejar atividades para minha semana de trabalho que contemplem todas as áreas de conhecimento

5) Você tentou alguma estratégia para superar sua dificuldade? Se sim, qual?

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6) Cite três qualidades que você destacaria em sua atuação como professor

1._________________________________________________________________

2.__________________________________________________________________

3.__________________________________________________________________

sábado, 5 de junho de 2010

Esta sou eu!

Pedagoga
Mãe
Mulher